DIOSCOREACEAE

Dioscorea campanulata Uline ex R.Knuth

Como citar:

Raquel Negrão; Rodrigo Amaro. 2017. Dioscorea campanulata (DIOSCOREACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

432,933 Km2

AOO:

12,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie nativa, endêmica do estado do Rio de Janeiro (Kirizawa et al., 2014), é proveniente da região da Serra dos Órgãos, especificamente de Teresópolis, de acordo com a obra original. Apresenta coletas recentes, do ano de 2012, porém ainda não depositadas, da região de Teresópolis, trilha da Pedra do Sino (Couto, com. pess.). Entretanto, a espécie foi encontrada recentemente em nova localidade na Serra do Marial, no município de Santa Maria Madalena. Espécie encontrada nas expedições da “Campanha Procura-se” (C. Baez 447).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Raquel Negrão
Revisor: Rodrigo Amaro
Critério: B1ab(i,ii,iii,iv)+2ab(i,ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

Liana terrícola conhecida pelo material-tipo coletado em 1892 na Serra dos Órgãos, município de Teresópolis, e reencontrada 120 anos depois na mesma região. Recentemente, foi coletada em buscas direcionadas, realizadas pelo projeto “Procura-se” (CNCFlora/JBRJ/SEA), em uma nova localidade da região do Parque Estadual do Desengano. Apresenta EOO=376 km², AOO=12 km² e duas situações de ameaça. A espécie foi encontrada em borda de mata, rios, clareiras (Castro, 2008) e em trilhas do Parnaso (Couto, com. pess.), havendo problemas relacionados a sua conservação causados pela intensa atividade turística, que nem sempre respeita o ordenamento estabelecido na UC (Castro, 2008). Por outro lado, na localidade Sossego, no município de Campos de Goytacazes, a subpopulação ocorre próximo à expansão urbana e em área atualmente devastada pela passagem de fogo (Baez, com. pess.). Considerando as ameaças incidentes, suspeita-se de declínio contínuo da EOO, AOO, qualidade do hábitat e de subpopulações.

Último avistamento: 2016
Quantidade de locations: 2
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem 7: 189. 1917.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: liana
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa Montana
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Detalhes: Liana, terrícola em Floresta Ombrófila Densa Montana, na Mata Atlântica (Kirizawa et al., 2014; Couto, com. pess.). Ocorre em locais úmidos e com luminosidade abundante, como beira de rios, borda da mata, trilhas e clareiras (Couto, com. pess.).
Referências:
  1. Kirizawa, M.; Xifreda, C.C.; Couto, R.; Araújo, D. 2014. Dioscoreaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB35287>. Acesso em: 17 Abr. 2015

Reprodução:

Detalhes: A espécie é polinizada por pequenas moscas e tem suas sementes dispersas pelo vento em curtas distancias da planta mãe (Couto, com. pess.). A coleta tipo, com flores, foi realizada no mês de setembro (Glaziou 19945).
Fenologia: flowering (Sep~Sep)
Síndrome de polinização: entomophily
Dispersor: Espécie com sementes dispersas pelo vento a curtas distancias da planta mãe (Couto, com. pess.).
Polinizador: A espécie é polinizada por pequenas moscas (Couto, com. pess.).

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas locality,habitat,occupancy present,future local high
A espécie foi encontrada recentemente em trilhas do PARNASO, havendo problemas relacionados a sua conservação por conta da intensa atividade de turismo (Couto, com. pess.). O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é um dos principais roteiros turísticos da região, e nem sempre o turismo respeita o ordenamento estabelecido na UC (Castro, 2008).
Referências:
  1. Castro, E.B.V. de. 2008. Plano de manejo do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Brasília, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Portaria ICMBio. Brasil.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.1 Species mortality 4.1 Roads & railroads locality,habitat,occupancy,occurrence present,future local high
A espécie foi encontrada recentemente em trilhas do PARNASO, havendo problemas relacionados a sua conservação por conta da intensa atividade de turismo nessas trilhas (Couto, com. pess.).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 7.1 Fire & fire suppression locality,habitat,occupancy,occurrence past,present,future local very high
Na localidade Sossego, no município de Campos de Goytacacez, a subpopulação ocorre próxima da expansão urbana e em area atualmente devastada pela passagem de fogo (C. Baez et al. 447).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
A espécie foi encontrada recentemente em trilhas do PARNASO (Couto, com. pess.). Ocorre na região do P.E Desengano (C.Baez et al., 447).